Quíron, Prometeu e Pandora

Filho de Cronos e Fílira, pertencia à geração divina dos deuses olímpicos. Cronos uniu-se à Fílira e pego no ato pela esposa Réia fugiu sob a forma de um cavalo e assim Quíron possuía dupla natureza: equina e humana.
Foi rejeitado pela mãe que pediu aos deuses para que fosse libertada da responsabilidade com a criança.
Fílira foi transformada em limoeiro e Quíron foi criado pelos Deuses.

Quíron cresceu numa gruta no monte Pélion,
onde adquiriu o conhecimento da botânica e da astronomia.
Tinha caráter pacífico, era amigo dos homens, e mestre.
Sábio, ensinava música, arte de guerra e de caça, a moral e sobretudo medicina.
Grande educador de heróis como Orfeu, Jasão, Peleu, Aquiles e Asclépio.
Ferido acidentalmente por Hércules (de quem era grande amigo), com uma flecha molhada com veneno, não se curava mas não morria por que era imortal.

Ele aplicou toda a sorte de ungüentos que conhecia sobre sua ferida, mas esta era incurável. Tamanha era a dor, que suplicou ao pai dos deuses que pusesse fim aos seus dias.
Trocou de lugar com Prometeu e finalmente descansou.
Às vezes somos forçados a nos oferecer em sacrifício.
Ou sofrem dois, ou sofro somente eu, deve ter pensado Quíron.
Foi transformado na constelação de Sagitário como reconhecimento dos deuses
(sag it ta - flecha).







Sua flecha, apontada para o alto, simboliza a transformação do ser animal em ser espiritual.


Compreendia bem seus pacientes por ser um médico ferido.

(QUIROMANCIA, QUIROPRÁTICA)

Contribuição de Lânia Rose

(mais sobre Quíron. clique aqui)

http://palavradofingidor.blogspot.com/2009/07/dia-do-medico-18-de-outubro-joao-bosco.html

tallerdechiron.blogspot.com/2008/01/liberao-d...

sol.sapo.pt/.../02/19/O-Fogo-dos-Deuses.aspx

tallerdechiron.blogspot.com/2008/01/trnsitos-...

Quíron já nasceu com a marca dos "erros" de seus pais. Rejeitado pela mãe, como Hefestos e outros. Isso é normal na mitologia. Aliviou sua dor especializando-se em curar a dor alheia. Todo médico é um Quíron ferido, pois não pode colocar-se acima da doença, e da angústia ds perdas e dos danos que a vida oferece.

Muitas vezes, na mitologia grega, a imortalide é um castigo,
como no caso das Greias, que envelheciam e não morriam,
ficavam cada vez mais velhas, e como no caso de Prometeu, que tinha sua ferida curada somente para ser de novo picado no fígado (órgão que guarda as dores mais profundas) pela águia, que nesta imagem ao lado também está acorrentada.

Um está condenado a fazer o outro sofrer.
Como a águia não é humana, quase não se fala dela.

Mas poderia ser uma águia sofredora, com baixa autoestima e um papel na história muito desagradável. Se consultada, talvez preferisse voar livre por aí, sem arrancar o fígado de ninguém. Mas era esse seu ofício, e só para morder Prometeu existiu e permaneceu na História.



PROMETEU SALVO POR QUÍRON

Conta o mito a história de dois titãs irmãos, Epimeteu e Prometeu. Epimeteu, "o que pensa depois", ficou responsável pela atribuição de qualidades ao homem e aos animais, no tempo em que o mundo ainda estava a ser criado, enquanto o seu irmão, Prometeu, "o que pensa antes", estaria encarregado de verificar todo o trabalho.
Epimeteu foi distribuindo qualidades aos animais para que todos eles tivessem um ponto forte de forma a prevalecerem e a ocuparem o seu lugar no mundo. No entanto, esqueceu-se do homem. Prometeu confere o trabalho feito e admira as várias espécies de animais, cada uma com a sua virtude. Uns tinham força. Outros rapidez. Outros ainda carapaças para se protegerem. Apenas o homem, observou Prometeu, nascia nu e fraco.



Prometeu arrisca-se, então, a subir ao Olimpo, morada dos deuses, e a roubar de Hefesto, o deus do fogo, a sua tocha acesa. Depois, Prometeu entrega o fogo aos homens, que passam a distinguirem-se de todas as outras espécies pela sua rápida evolução.







Prometeu, no entanto, a mando de Zeus, foi acorrentado no monte Cáucaso e condenado a ver o seu fígado a ser devorado por uma águia. Como Prometeu era imortal, o seu fígado renovava-se todos os dias, assim como o seu castigo.





Um dia, em seu lugar foi posto Quíron, pois apenas assim Prometeu poderia ser libertado.

Quíron virou constelação.



PANDORA, condenada a ter esperança?

Foi a primeira mulher que existiu, criada por Hefesto e Atena, auxiliados por todos os deuses e sob as ordens de Zeus. Cada um lhe deu uma qualidade. Recebeu de um a graça, de outro a beleza, de outros a persuasão, a inteligência, a paciência, a meiguice, a habilidade na dança e nos trabalhos manuais. Hermes, porém pôs no seu coração a traição e a mentira. Feita à semelhança das deusas imortais, destinou-a Zeus à espécie humana, como punição por terem os homens recebido de Prometeu o fogo divino. Foi enviada a Epimeteu, a quem Prometeu recomendara que não recebesse nenhum presente dos deuses. Vendo-lhe a radiante beleza, Epimeteu esqueceu quanto lhe fora dito pelo irmão e a tomou como esposa.
Ora, tinha Epimeteu em seu poder uma caixa que outrora lhe haviam dado os deuses, que continha todos os males. Avisou a mulher que não a abrisse. Pandora não resistiu à curiosidade. (Quem resistiria?)
Abriu-a e os males escaparam. Por mais depressa que providenciasse fechá-la, somente conservou um único bem, a esperança. E dali em diante, foram os homens afligidos por todos os males.
Pode-se perguntar quanto ao sentido desta lenda: por que uma caixa, contendo todos os males da humanidade, conteria também a Esperança?

A esperança é perigosa porque é apenas uma esperança que pode se desesperar. Ou porque o esperado pode não acontecer.
A esperança é amiga do medo porque pode trair.

A esperança é uma cilada porque você pode "ficar na esperança".



Ou a esperança seria o dom de saber o futuro.
Por isso ela precisava permanecer na caixa.
Nenhum ser humano poderia sobreviver à crueldade de ser consciente de seu próprio futuro que, em última instância, é a circunstância da própria morte.