Hefestos
"Os mitos, na Antiguidade, eram considerados a linguagem que os deuses usavam para ensinar a nós, pobre mortais, a arte de viver e amar. Se procurarmos nos mitos verdades científicas, perdem toda sua beleza e fascínio".
Ciência é verdade descartável.
Ovo já foi moda, mamãe me obrigava a comer.
Hoje ninguém mais fala dele. Deve fazer mal.
Sol e praia já foi prescrição médica no Rio de Janeiro,
não se usava tomar banho de mar.
Hoje sol dá câncer de pele.
Gordura já foi formosura. Plutão já foi planeta.
A terra não era redonda e fumar era chique.
Adultério já foi crime.
Mas não é isso que observamos na Mitologia. Filhos são rejeitados, ninfas são agarradas à força nas cavernas.
Deuses e deusas sempre se vingam. Nunca "deixam pra lá".
A imortalidade, ora é prêmio, ora é castigo. O que importa não é a morte, é a velhice, o destronamento. Para não perderem o posto, deuses comem seus filhos, impedem que nasçam, rei trancafia filha em cela de ferro subterrânea para não ter netos, o que significa, sem dúvida, estar envelhecendo (além de manter alguém indefeso em cárcere privado).
O mundo dos mortos, o Tártaro, comandado por Hades e sua esposa Perséfone, é um lugar de onde ninguém sai vivo, como regra. Mas, como veremos, houve muitas exceções.
Uma coisa é certa. Não podemos competir com os deuses, o castigo não tem limites de crueldade. Temos que ser humanos. Temos que nos conformar com nossas limitações, nossa finitude e impotência.
Zeus pode tudo.
Se fosse um homem de hoje em dia seria enquadrado em algum artigo. Foi capaz de qualquer artifício para seduzir mulheres, deusas, ninfas e ninfetas. Transformava-se em qualquer coisa para obter o prazer de uma noite, de um romance.
E depois podia fulminar a Sêmele, engolir Métis, raptar Europa, fugir disfarçado de cavalo mesmo sabendo que a gravidade de seu gesto já ficaria marcada no seu filho Quíron, desde o momento do nascimento.
Zeus mantinha seu casamento com Hera, que sempre vivia atrás dele amaldiçoando suas amantes, que eram transformadas em ovelhas, impedidas de parir filhos de seu marido no nono mês de gestação (Ledo), e assim por diante. Mantinham as aparências.
Adultério já foi crime.
Mas não é isso que observamos na Mitologia. Filhos são rejeitados, ninfas são agarradas à força nas cavernas.
Deuses e deusas sempre se vingam. Nunca "deixam pra lá".
A imortalidade, ora é prêmio, ora é castigo. O que importa não é a morte, é a velhice, o destronamento. Para não perderem o posto, deuses comem seus filhos, impedem que nasçam, rei trancafia filha em cela de ferro subterrânea para não ter netos, o que significa, sem dúvida, estar envelhecendo (além de manter alguém indefeso em cárcere privado).
O mundo dos mortos, o Tártaro, comandado por Hades e sua esposa Perséfone, é um lugar de onde ninguém sai vivo, como regra. Mas, como veremos, houve muitas exceções.
Uma coisa é certa. Não podemos competir com os deuses, o castigo não tem limites de crueldade. Temos que ser humanos. Temos que nos conformar com nossas limitações, nossa finitude e impotência.
Zeus pode tudo.
Se fosse um homem de hoje em dia seria enquadrado em algum artigo. Foi capaz de qualquer artifício para seduzir mulheres, deusas, ninfas e ninfetas. Transformava-se em qualquer coisa para obter o prazer de uma noite, de um romance.
E depois podia fulminar a Sêmele, engolir Métis, raptar Europa, fugir disfarçado de cavalo mesmo sabendo que a gravidade de seu gesto já ficaria marcada no seu filho Quíron, desde o momento do nascimento.
Zeus mantinha seu casamento com Hera, que sempre vivia atrás dele amaldiçoando suas amantes, que eram transformadas em ovelhas, impedidas de parir filhos de seu marido no nono mês de gestação (Ledo), e assim por diante. Mantinham as aparências.
Era um vale tudo.
Não sou mitóloga, mas estou gostando de ouvir, ler e contar essas histórias.
Por enquanto, estou satisfeita mesmo com o comportamento de Quíron e Prometeu.
Quíron foi um filho rejeitado, mas se transformou em mestre e ensinou muita coisa a muita gente boa. No final tinha uma ferida que doía, não sarava nem matava. Na Mitologia grega, muita flecha fere por acaso, isso como na vida.
Prometeu roubou o fogo dos deuses (bem feito!) e entregou aos homens, sabendo que ia pagar caro por isso. Foi bicado diariamente no fígado e quando ia melhorando era bicado de novo. Pelo que entendi, tanto ele quanto a águia que o picava estavam acorrentados um ao outro. "Teu destino é ferir-me, meu destino é ser ferido por ti".
Mas Quíron deu um basta e ofereceu-se para ficar acorrentado à águia, no lugar do Prometeu.
Morreu. Virou constelação...
Não sou mitóloga, mas estou gostando de ouvir, ler e contar essas histórias.
Por enquanto, estou satisfeita mesmo com o comportamento de Quíron e Prometeu.
Quíron foi um filho rejeitado, mas se transformou em mestre e ensinou muita coisa a muita gente boa. No final tinha uma ferida que doía, não sarava nem matava. Na Mitologia grega, muita flecha fere por acaso, isso como na vida.
Prometeu roubou o fogo dos deuses (bem feito!) e entregou aos homens, sabendo que ia pagar caro por isso. Foi bicado diariamente no fígado e quando ia melhorando era bicado de novo. Pelo que entendi, tanto ele quanto a águia que o picava estavam acorrentados um ao outro. "Teu destino é ferir-me, meu destino é ser ferido por ti".
Mas Quíron deu um basta e ofereceu-se para ficar acorrentado à águia, no lugar do Prometeu.
Morreu. Virou constelação...
Mas não devolvemos o fogo!
Que blog legal, Glória! Parabéns!!! Abraços, Jordana de Curitiba.
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